sexta-feira, 24 de julho de 2009

Este blog visa não somente divulgar meu andamento no triathlon, mas também responder algumas perguntas que surgiram durante estes anos no esporte, ilustrar alguns acontecimentos interessantes e divulgar um pouco mais esta atividade que da prazer a tantas pessoas. Não poderia deixar de agradecer a todos que me deram apoio: Deus por permitir mais um sonho realizado e estar sempre ao meu lado, a minha família pelo apoio e compreensão sabendo dividir as horas tão escassas, aos amigos que sem saberem deram aquela palavra de conforto quando eu mais precisava e aos colegas de trabalho que ajudaram e muito nesta realização. Dizem que para ser um Homem de verdade precisa plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Eu complemento dizendo que para ser um Homem e Feliz precisa ter fé, saúde e uma família feliz. Deixo meu e-mail a disposição de todos que quiserem compartilhar desta página e para os que desejarem ser um patrocinador (seu nome será bem divulgado).
Carlos Paiva Conceição - 5º melhor Ultraman do Mundo 2008

Depois de alguns anos planejando e tentando competir em um Ultraman finalmente o sonho foi realizado. Trabalho de anos mentalizando a dureza que seria treinar e competir nesta modalidade que testa a resistência do corpo e mente. Anos tentando apoio e sabemos que neste pais, tirando alguns esportes, é muito difícil. Já adorava o triathlon e agora também adoro Ultraman ... Prova dura? Sim, porem de uma beleza e determinação incrível. Os 40 melhores triathletas de longas distâncias do mundo foram selecionados para participar do Campeonato Mundial de Ultraman no Havaí de 2008 e Carlos Paiva Conceição estava neste grupo seleto e fez bonito chamando atenção da imprensa americana ao qual publicou que o brasileiro Carlos Conceição correu uma ultra maratona de 84km de forma brilhante sendo o terceiro a cruzar a linha de chegada no terceiro dia e com isto saindo da décima posição para ficar entre os cinco melhores Ultramans de 2008, com direito a foto de chegada. Cheguei no Havaí na semana do Campeonato Mundial de Ironman do Havaí. Meu objetivo no Ironman este ano era apenas um treino forçado porque meu objetivo principal seria o Campeonato Mundial de Ulraman. Continuei com meus treinos normais e fui correr o Ironman. Mantive a calma e sempre concentrado em manter as médias de velocidade pretendida para na me desgastar. Os dias seguintes que seriam focados para o Ultraman. Terminei o Ironman com o tempo previsto e estava pronto para ficar quase dois meses no Havaí treinando, climatizando e focado para a longa e dura competição de Ultraman. Foram quase dois meses de aprendizado local e conhecimento de como é realmente linda a Ilha ¨Big Island´no Havaí. Quase toda manha saia pra nadar em um mar azul transparente e com uma riqueza de peixes e corais. Nadei ao lado de peixes coloridos, moréia, tartarugas, arraia e uns doze golfinhos. Momentos inesquecíveis na mina vida. Fiquei impressionado como varias pessoas com mais de 50 anos de idade nadam todos os dias no pier de Kailua-Kona aonde é o local da largada do Ironman e Ultraman. Pedalar era um prazer também a parte. Vários dias de pedaladas na estrada aonde é realizado o Ironman tendo a vista das pedras vulcânicas de um lado e o oceano pacífico ao outro. Outras pedaladas fazia no percurso do primeiro dia do Ultraman. Um percurso duro de muitas subidas e descidas e com muito vento contra. No primeiro dia de pedal no Ultraman saímos do nível do mar e vamos a 4.000 pés de altitude. Fazendo estes treinos fiquei bem familiarizado com o percurso o que me fez ficar bastante tranqüilo e com firmeza para o dia da competição. Parte do percurso do segundo dia fiz apenas de carro porque era muito distante do local que estava morando. Os treinos de corrida parte fazia no percurso da corrida do Ultraman, porem na maioria corria na avenida que beirava algumas praias e pequenos picos de surf em Kona. Já estava local. Existe cerca de 4 bebedouros em um percurso de 10 km e isto era ótimo para longas corridas. A vida noturna em Kona acaba cedo e isto permitia relaxar mais cedo pra o próximo dia de treino. Conheci muitas pessoas locais e ate brasileiros e foram todos muito receptivos. O grande e longo dia da largada do Ultraman... Largamos ao amanhecer e cada atleta era acompanhado por um caiaque. No ultraman isto é obrigatório. Quem me acompanhou era uma remadora de canoa havaiana com certa idade e com o corpo bem definido mostrando que era uma atleta determinada. Me acompanhou com todo seu conhecimento da baia de Kona até fazendo eu desviar das águas-vivas que apareceram durante o percurso. Algumas encostaram no meu rosto e dedos, porem nada que doesse e me fizesse parar. Terminei os 10km de natação de forma forte e bem animado para a primeira parte do pedal. Cada atleta é obrigatório ser acompanhado por dois ajudantes de carro e meus ajudantes foram incríveis me dando todo apoio possível, me hidratando, alimentado, massageando e tendo a percepção dos meus momentos de fraqueza me dando todo incentivo e necessidades possíveis para minha ótima atuação. Até aumentaram o som do carro com rock rolando para dar aquele ânimo a mais. Sai para um pedal duro e longo conseguindo ser progressivo durante o percurso e conquistando posições. Segundo dia de prova e longo pedal pela frente. Saímos em um amanhecer frio e com uma descida longa. Momento estratégico de conquistar posições e manter uma boa colocação. Em um terço de prova caiu uma chuva bastante forte que doía os olhos. Passamos por alguns bairros e tínhamos que parar nos sinais de trânsito que estavam vermelhos. Antes de chegar no percurso que seria uma subida bem forte escalando outro vulcão houve um furo de pneu e fizemos uma troca bem rápida e voltamos logo para a competição. Subidas fortes e longas e estava quase no final do segundo dia de competição. Perto do final do percurso havia umas descidas alucinantes e desci muito forte e rápido passando por um radar a 90km/h.....isto mesmo...loucura a adrenalina pura. Fim do segundo dia e estava em décimo no campeonato. Terceiro e último dia e o que deveria doer mais por ser uma dupla maratona. Nas três modalidades a corrida é a minha mais forte e sai para correr junto com o grupo de frente, mas impus meu ritmo de 4 minutos e trinta segundos por quilômetros no inicio da primeira parte da maratona. O percurso da largada que foi em Hawí até chegar na estrada 19 era lindo avistando o amanhecer e o pacifico do meu lado direito. Acredito que Deus ao criar o Pacífico ele estava namorando. A cada 21km a organização dava a colocação dos atletas e seu tempo. Até o quilometro 42 eu era o quinto colocado e estava me aproximando do quarto e terceiro colocados. Mantive meu ritmo pretendido e concentração. Faltando uns 30km para o final da ultra maratona alcancei o quarto colocado e logo em seguida o terceiro. Faltava 12km para terminar o percurso e já sentia muito sinal de cansado e dores nas pernas. Alimentação, hidratação e massagem foram fundamentais para manter o ritmo. Uma pessoa da equipe veio me acompanhar na corrida para manter meu ritmo. Isto é permitido no ultraman e um ponto de estratégia. Estava em terceiro e o quarto não estava deixando barato e veio no meu calcanhar. Minha estratégia era deixar uma arrancada para o final e como já conhecia o percurso sabia exatamente aonde viriam as subidas, descidas e aonde ia usar minhas últimas forças para a grande chegada. No ponto exato previsto arranquei e o quarto colocado no momento que pensou em reagir já era tarde. Corri muito forte e abri uns 200 metros do outro atleta. Com isto terminei com o terceiro melhor tempo da ultra maratona buscando a quinta colocação no Ultraman com a soma dos tempos dos três dias de muita força e superação. Na premiação fui muito cumprimentado pelos atletas que gostaram do meu primeiro desempenho em um Ultraman. A premiação é outra beleza a parte. Todos são homenageados de forma igual porque sabem que é uma competição muito dura e todos merecem o reconhecimento. Terminei os 10 km de natação. os 421 km de bicicleta e os 84 km de corrida em 24:27:17h Agradecimento especial a Assessoria Esportiva Marcos Paulo Reis que me deu todo apoio para alcançar mais esta conquista em minha vida esportiva. Este ano tivemos o maior número de brasileiros participando do Campeonato Mundial de Ultraman. Fomos 5 grandes guerreiros.

As principais medidas e ângulos de uma bike são:

H - altura do quadro
L - comprimento do quadro
h - altura da caixa de centro
I - recuo do tubo de selim
Av - comprimeto da frente da bicicleta
Ar - comprimento da traseira
f - off-set
c - trail

Como os ângulos e medidas influenciam na bike:

Os ângulos e as medidas dos diversos tubos de uma bicicleta influenciam diretamente sobre o comportamento dela. Assim, duas bikes de ciclismo do mesmo tamanho, porém com ângulos diferentes, terão reações e comportamentos diferentes.
As principais medidas e ângulos de uma bike são:

OFF SET
Esta medida tem relação direta com o ângulo da caixa de direção. Já vem de fábrica definido pelo fabricante do garfo ou suspensão, no caso das mountain bikes. Mesmo os garfos que parecem retos - como dita a moda hoje em dia nas bikes de ciclismo top de linha -, na realidade tem um off-set (pequena diferença de alinhamento) logo abaixo da caixa de direção.
Vale lembrar que a curvatura do garfo tem o papel de amortecer vibrações e impactos do solo, aliviando o stress de demais pontos do quadro.

TRAIL
Também conhecido como "caça" em Portugal. É a medida da linha longitudinal do garfo projetada no chão, com a linha do eixo projetada perpendicularmente ao chão. Em geral o trail da maioria das bicicletas fica em torno dos 50 mm.
Um trail pequeno torna a bike mais rápida e arisca em curvas fechadas. Já um trail maior faz com que a bike fique mais estável e confortável. Bikes de velódromo têm cerca de 30 mm de trail, para ser bastante ágil nas manobras comuns nas competições de pista.

ÂNGULO DA CAIXA DE DIREÇÃO
É ângulo formado entre o tubo da caixa de direção e o solo. É o mais importante na construção de uma bicicleta. Ele vai variar de 67º (em bikes de downhill) a 78º em bikes especiais para triathlon.
Bicicletas de ciclismo tem o ângulo da caixa de direção em redor dos 70,5 a 73º. Já uma mountain bike tem esse mesmo ângulo que varia de 72 a 74º.Quanto menor o ângulo da caixa de direção mais estável será a bike e, consequentemente mais difícil de mudar de direção, pois a bike vai tender a ficar estável. São boas para andar em longos trechos de estradas asfaltadas, em contrapartida não vai se adaptar bem no trânsito urbano.
Quanto maior o ângulo da caixa de direção, mais esperta e arisca será a bike. São boas para manobras rápidas (vide as mountain bikes), em contrapartida serão menos confortáveis em longas pedaladas.
Nas bicicletas especiais para o downhill, esse ângulo fica em torno de 67-69º, para que a bike seja bem estável nas altas velocidades em descidas.

ÂNGULO DO TUBO DE SELIM
É um ângulo imporatnte, pois ele coloca o ciclista posicionado sobre os pedais. O tamanho do fêmur influencia nos influencia no tamanho desse tubo.
Uma mountain bike tem essa medida bem relaxada e gostosa para a pedalada. Nas mountain bikes esse ângulo fica ao redor dos 73º, em média. Nas bikes de ciclismo este ângulo é de mais ou menos 74º. "No passado, Greg LeMond pedalava uma bike com 72º graus, bem mais relaxado em relação às bikes atuais.
Bikes de ciclismo com grandes ângulos de tubo de selim (75º ou mais) são indicadas para provas de contra-relógio, critério (provas de quarteirão, comuns no Brasil) e para provas de triathlon.
Alguns modelos como a Quintana Roo Kilo têm até 78º de inclinação. São bikes especialmente desenvolvidas para provas de triathlon e que segundo o fabricante, poupam a musculatura das pernas do ciclista para o momento da corrida.
Bikes especiais para downhill têm o ângulo com cerca de 60º, que faz com que o peso do ciclista se desloque para trás e mantém a bike firme em sua trajetória de descida, mesmo em velocidades altas.

COMPRIMENTO TOTAL
O comprimento de um quadro está diretamente ligado ao seu nível de conforto. Klaus Poloni explica que a relação entre comprimento e conforto é a mesma de um automóvel. "Se imaginarmos dois automóveis, um Celta e um Ômega, qual dos dois é o mais confortável? Logicamente é o Ômega, pois é mais longo". A lógica funciona da mesma forma para as bicicletas. Quanto mais longa uma bicicleta, mais confotável, pois ela vai absorver mais energia do impacto.
Da mesma maneira, uma bike mais curta será mais ágil nas curvas e vai acelerar mais rápido, pois tem menos massa para ser colocada em movimento. Em contrapartida, será menos confortável, pois tem menos massa para absorver impactos.
Logicamente, uma bike menor, tem menos massa e, portanto, pesa menos que uma bike mais comprida.
COMPRIMENTO DA TRASEIRA
O mesmo princípio se aplica aqui. Uma bike com traseira curta vai acelerar mais rápido, pois vai torcer menos e assim desperdiçar menos energia do ciclista. São excelentes para provas de contra-relógio, velódromos e também para subidas. Perdem no conforto, justamente pelos motivos explicados anteriormente.
Alguns fabricantes europeus, como a Colnago, desenvolveu uma traseira com duas pequenas barras no chain stay.
A função delas é flertir durante a passagem de obstáculos para dar mais conforto ao ciclista. Outra solução adotada recentemente é a adoção da traseira em carbono, que absorve melhor os impactos que o alumínio e o titânio e é igualmente leve.
COMPRIMENTO DA DIANTEIRA
A distância do eixo de centro até a roda dianteira também vai determinar o comportamento da bike em relação à sua agilidade.
Quanto mais curta esta distância, mais rápida e arisca será a bike. Entretanto, esta medida deve sempre permitir que o ciclista faça uma curva fechada sem tocar o pé na roda dianteira. Bikes de triathlon com rodas de 26" podem ter essa distância menor, e portanto, pode ser mais ágil em curvas que uma bike com aro 27".
ALTURA DA CAIXA DE CENTRO
Uma caixa de centro mais próxima ao solo dá estabilidade, pois baixa o centro de gravidade, que com o ciclista montado sobre a bike, fica mais ou menos na altura do umbigo do biker. Com o biker em pé, o centro de gravidade é na altura do pedivela.
A altura da caixa do centro é de mais ou menos 26-27 cm em relação ao chão. Nas mountain bikes esta distância é de 30 cm, para poder superar obstáculos.
Alguns ciclistas troca o garfo, muda a caixa de direção por uma mais baixa e também troca o pneu por um menor. O resultado pode ser desastroso.
Uma bike sai de fábrica projetada para uma determinada função. Se você alterar a frente da bike com um garfo mais curto ou uma suspensão de menor curso, você alterou esta relação. O ângulo da caixa de direção quando é alterado, vai interferir no comportamento geral da bike. Isso pode dar tombos incríveis.

Alimentação - Significado das cores dos alimentos

As cores dos alimentos são determinadas pela presença dos pigmentos. Estas substâncias, além de colorir desempenham, freqüentemente, papéis importantes na prevenção e na proteção do organismo contra doenças infecciosas.
As cores dos alimentos denotam a presença de pigmentos e, por isso, uma dieta colorida tem mais chances de ser mais saudável.

Alimentos Brancos
Os alimentos de cores brancas como o leite, queijo, couve-flor, batata, arroz, cogumelo e banana são as melhores fontes de cálcio e de potássio. Estes minerais são importantes para o funcionamento do organismo, porque:
Contribuem na formação e manutenção dos ossos.
Ajudam na regulação dos batimentos cardíacos.
São fundamentais para funcionamento do sistema nervoso e dos músculos.

Alimentos Vermelhos
O licopeno é uma substância que age como antioxidante e é responsável pela cor vermelha do morango, tomate, melancia, caqui, goiaba vermelha, framboesa, cereja.
Mais recentemente foi apontado como um protetor eficaz contra o aparecimento de câncer de próstata. Os alimentos vermelhos contêm, ainda, antocianina que estimula a circulação sangüínea.

Alimentos Amarelos
O mamão, a cenoura, a manga, a laranja, a abóbora, o pêssego e o damasco são alimentos de cores amarela ou alaranjada que são ricos em vitamina B-3 e ácido clorogênico
São substâncias que mantêm o sistema nervoso saudável e ajudam a prevenir o câncer de mama.
Para completar, eles também possuem beta-caroteno, um antioxidante que ajuda a proteger o coração.

Alimentos Arroxeados
Os alimentos azulados e arroxeados, como a uva, a ameixa, o figo, a beterraba ou repolho-roxo contêm ácido elágico, substância que:
Retarda o envelhecimento.
Neutraliza as substâncias cancerígenas antes mesmo delas alterarem o código genético

Alimentos Verdes
Os alimentos de cor verde como os vegetais folhosos, o pimentão, o salsão e as ervas contêm clorofila e vitamina A, substâncias com os seguintes efeitos:
Desintoxicam as células.
Inibem os radicais livres — substâncias que danificam as células e causam doenças com o passar do tempo.
Tem efeito anticancerígeno e ajudam a proteger o coração.
Protegem o cabelo e a pele.

Alimentos Marrons
As fibras e vitaminas do complexo B e E são, principalmente, encontradas nas nozes, aveia, castanhas e cereais integrais, que por sua vez tem uma cor marrom. Tais substâncias e nutrientes têm importâncias vitais no organismo:
Melhoram o funcionamento do intestino.
Combatem a ansiedade e a depressão.
Previnem o câncer e as doenças cardiovasculares.

Alimentação

Consulte sempre um nutricionista.

Cada organismo reage de uma forma. Eu particularmente não como carne e não utilizo suplementos alimentares tipo "bombex".
Uma frase que escutei e achei interessante: No café da manhã coma como um Rei, almoce como um Príncipe e jante como um mendigo.

Pela manhã costumo fazer uma vitamina com no mínimo quatro frutas com cores variadas (cada cor praticamente representa um tipo de vitamina), algum cereal e mel. Como algum carboidrato e algum derivado de leite.

No almoço como uma salada com no mínimo quatro tipos de legumes com cores variadas (para ingerir vitaminas diferentes) e algum carboidrato. Bebo um suco.

No jantar prefiro comer sanduíches ou pizza. Bebo outro suco.

Durante as refeições e antes dos treinos como alguma fruta.

Deixo registrado um resumo da alimentação que utilizo durante os treinos e competições.

Short Triathlon:
Na metade do percurso de ciclismo me alimento com um gel de carboidrato. No ciclismo bebo algum isotônico e na corrida bebo água.

Triathlon Olímpico:
Ao sair da água me alimento com um gel de carboidrado, na metade do percurso de ciclismo me alimento com uma fruta seca e ao final do ciclismo mais um gel de carboidrato. Geralmente no 7km da corrida utilizo outro gel. Durante o ciclismo e a corrida bebo isotônico e água.

1/2 Ironman e Ironman:
Saindo da água me alimento com um gel de carboidrato. Durante o ciclismo a cada 20' ou 30' vou variando entre um gel, uma fruta seca, uma barra de proteína, algo salgado (pão, semente de abóbora,...) e algum alimento fornecido pela organização. No mesmo intervalo de tempo bebo água ou isotônico.

Hidratação

Uma correta hidratação para quem pratica esportes é essencial. Deve-se beber líquidos mesmo sem sentir sede, pois sentir sede já é sinal de desidratação.
Uma pessoa ao nível do mar, deve beber no mínimo 2 litros de água se não estiver se exercitando.
A cada 1000 metros que se sobe do nível do mar, deve-se beber mais um litro
de água.

Treinamento - Regular a bike

Saiba como Colocar sua bike naposição ideal para uma boa pedalada

O perfeito ajuste do ciclista à bicicleta é fundamental para o bom desempenho do conjunto homem/bicicleta, ambos devem estar perfeitamente adaptados. Não é raro encontrarmos ciclistas de 1,90 pedalando bicicletas que foram projetadas para serem usadas por ciclistas de 1,60m. Ahhh então bicicleta não é tudo a mesma coisa? Claro que não! Bike tem números e tamanhos, sim!
A principal medida a ser escolhida é a do tamanho do quadro.

Altura do selim

Após encontrar o tamanho ideal de quadro, o próximo passo é regular a altura do selim.
Com o ciclista sentado, os calcanhares apoiados na parte traseira do pedal, a perna deve ficar quasetotalmente estendida
O ciclismo é um esporte onde as pernas do atleta fazem o maior trabalho, por esse motivo a medida mais importante de uma bicicleta para o ciclista é a altura do selim.
Um selim muito baixo faz com que o ciclista trabalhe com as pernas encurtadas, que além de não produzirem a força necessária ainda vão sobrecarregar ligamentos, músculos, tendões e cartilagens. Da mesma forma, um selim excessivamente alto faz com que a pedalada não seja 100% eficiente e pode provocar lesões com o passar do tempo.
A altura de selim é algo bem particular. O que é ideal para uns, pode ser desconfortável para outros.
Em bikes full-suspension, compense a altura do selim que cederá ao montarmos na bike
O técnico de ciclismo francês Cyrille Guimard desenvolveu a seguinte fórmula: altura do cavalo x 0,883, medida em linha reta do centro do eixo do movimento central até a parte alta do centro do selim.
Obs.: Para encontrar o tamanho de seu cavalo: Fique descalço, com as pernas ligeiramente afastadas, e vista sua bermuda de ciclista. Encoste-se em uma parede, faça uma marca com um lápis da altura do seu cavalo na parede e meça a altura com uma fita métrica. Se multiplicar esta medida por 0,65 encontrará o tamanho do seu quadro da bicicleta.
Entretanto, é bem válida a regra que diz que a altura do selim deve ser determinada com o ciclista sentado no selim com os calcanhares apoiados na parte traseira do pedal, a perna deve ficar quase totalmente estendida. Este "quase" é a parte subjetiva do ajuste e cada ciclista deve achar seu ponto ideal na regulagem da altura do selim. Fórmulas podem falhar, suas impressões não!
Em bikes full suspension (com amortecedor também na traseira) a altura do selim deve levar em consideração o fato de que ao sentar-se na bike, a suspensão afunda devido ao peso do piloto. Nesse caso, compense esse afundamento elevando a altura do selim. Em geral algo entre 1 e 2,5 cm, de acordo com o peso do ciclista.

Dicas:

- A altura do selim pode variar entre o início e o final da temporada em 1 cm ou mais, dependendo da amplitude de trabalho dos músculos.
- Aumente ou abaixe seu selim de 0,5 em 0,5 cm até encontrar a altura ideal, se necessário rode um pouco com a bike.
- Após encontrar sua altura ideal (e testar por muitos quilômetros), faça uma marca no canote para facilitar o ajuste após revisões, transportes da bike etc.
- No inverno, com bermudas ou calças mais grossas, desça um pouco a altura do selim.
Conforto é fundamental! Encontre a altura que melhor proporcione conforto sem comprometer sua performance e que não cause lesões.

Regulagem do taquinho

Se você usa pedais plataforma - aqueles normais -, desconsidere este tópico.
Após encontrada a altura ideal do selim, o próximo passo é fixar o taquinho nas sapatilhas. A posição mais usual de fixação é aquela que faz a pedalada ser paralela à bicicleta. Alguns ciclistas preferem a posição dos pés levemente abertos para fora ou, ainda, levemente fechados para dentro. O importante é que os taquinhos fiquem fixados no centro da "bola do pé", para garantir mais apoio na pedalada. Novamente cada ciclista deve achar a posição que lhe confere maior conforto.

Veja abaixo como instalar o taquinho em sua sapatilha:

- Com os pés descalços encontre o osso da "bola do pé" (osso saliente na lateral do pé após o dedão);
- Vista uma meia, calce a sapatilha e apalpe por fora até encontrar o osso da bola do pé;
- Marque com lápis na sapatilha a posição encontrada. Se não quiser riscar na sapatilha utilize uma fita adesiva e marque sobre ela;
- Com uma régua, encontre o centro da sapatilha no sentido longitudinal (ponta dos dedos até o calcanhar). A idéia é fixar o taquinho bem no centro dessa linha, e deixando o taquinho centralizado em relação à marca feita da "bola do pé";
- Em seguida coloque a chapinha, o taquinho, e os parafusos allen (com um pouquinho de graxa). Posicione o taquinho bem no meio do cruzamento das linhas da bola do pé e da posiçao longitudinal;
Observação: O ajuste final será realizado posteriormente. Em geral o taquinho deve ficar alguns milímetros para trás da "linha da bola do pé". Para pés de números acima de 43 poderá ser necessário colocar o taquinho no máximo de recuo.
Importante: A posição inadequada do taquinho pode gerar dores nos joelhos e na panturrilha. Na dúvida consulte um ciclista ou mecânico experiente para ajudar no ajuste.

Posição do selim

Ciclistas profissionais, em sua maioria, deixam o selim nivelado paralelo ao solo. Alguns preferem a ponta do selim levemente apontando para baixo.
O selim é fixo em dois trilhos e pode ser regulado mais para frente ou para trás. Alguns selins dispõe de uma escala graduada para facilitar este ajuste.
Existe uma técnica especial para se encontrar o ponto ideal do selim: com um prumo de pedreiro (ou mesmo um prumo improvisado com um peso amarrado a uma linha) e os pés encaixados nos pedais - que devem estar paralelos ao solo - posicione a linha junto à rótula (patela). Se a linha passar junto ao eixo do pedal a posição está correta. Se ela passar até meio centímetro para trás ou para frente do eixo do pedal, considere que está ok. Diferenças maiores que um centímetro devem ser corrigidas movendo-se o selim.
Atenção: Após regulado a posição do selim, verifique novamente se a altura do selim ainda está correta para você.
Comprimento da mesa
Não há regras fixas nem fórmulas mágicas para se determinar o tamanho correto da mesa. Há algumas dicas para saber se o comprimento da mesa está adequado ao ciclista:
Nas bikes de speed, com as mãos na parte alta do guidão - na maçaneta dos freios - o ciclista pedalando confortavelmente terá o cubo dianteiro encoberto pelo tubo do guidão.
Com as mãos na parte baixa do guidão - em posição aerodinâmica - os joelhos e cotovelos chegam tocarem-se de leve na passagem das pernas pelo ponto morto superior da pedalada.
O comprimento da mesa é responsável pelo conforto dos braços e da parte superior do corpo do atleta. Uma mesa muito curta vai ocasionar dores nos ombros, uma mesa muito longa vai produzir dores nos braços e formigamento nas mãos. O mercado oferece medidas de mesa que variam entre 90 e 140mm. Substitua a sua caso ache necessário.

Altura da mesa

Varia de acordo com o gosto pessoal, o alongamento da musculatura das costas e o propósito da pedalada. Em geral ciclistas profissionais usam a mesa cerca de 2-3 polegadas mais baixas que a altura do selim (foto).
Para mais conforto use a mesa mais alta e para mais aerodinâmica abaixe a mesa. Faça testes e veja a altura que melhor se adapta a você.
Mesas mais antigas, com parafusos expander (foto à direita) podem ter sua altura alterada facilmente.

Largura do guidão

Guidões são fabricados em tamanhos que variam de 38 a 42 cm de largura. Eles devem corresponder a mais ou menos a largura de seus ombros, ou até mesmo um pouco mais largos para o ciclista respirar melhor e ter mais conforto.

Manetes

O principal na hora de ajustar a posição dos manetes é garantir um bom acionamento dos freios. Em uma mountain bike, em geral, o manete ficará posicionado de maneira a seguir o mesmo ângulo dos braços do ciclista.
Nas speed, a parte baixa do guidão deve estar bem paralela ao solo e as alavancas de freio ficam posicionadas no meio da curva do guidão.

Tamanho do pedivela

Existem diferentes comprimentos de pedivelas no mercado. A tendência atual é para medidas mais longas. Quanto mais longo o pedivela mais potência ele produz, em contrapartida, fica mais difícil manter altos giros de pedalada.
Alguns técnicos recomendam as seguintes medidas:
- Cavalo de até 73,6 cm - .............pedivela 165 mm- Cavalo entre 73,6 e 81 cm -....... pedivela 170 mm- Cavalo entre 81 e 86,3 cm -....... pedivela 172,5 mm- Cavalo com mais de 86,3 cm -....pedivela 175 mm
A perfeita regulagem de sua bicicleta é a garantia que você não terá dores durante a pedalada e que você vai aproveitar ao máximo a energia gasta no exercício. Na dúvida consulte um ciclista mais experiente.

Dores da pedalada

Saiba quais são as mais freqüêntes e as maneiras de evitá-las
É comum o aparecimento de algumas dores durante a pedalada, em especial para os iniciantes no esporte. Muitas são simplesmente uma questão de regulagem da bicicleta, outras precisam de mais atenção.

CONFIRA AS DORES MAIS COMUNS:

A queixa mais comum entre ciclistas iniciantes é a dor característica na região das nádegas. Isso denota falta de costume com a bike. O ideal é fazer pedaladas mais curtas e ir aumentando as horas sobre a bicicleta aos poucos. Com o passar do tempo as dores ficarão menos frequentes e intensas. Uma boa bermuda com forro espesso e um selim macio aliviam essa situação.
· Se você sentir após um tempo de pedaladas desconforto ou queimação nos pés, pare e solte um pouco o cadarço do tênis ou as tiras da sapatilha. O desconforto é devido ao inchaço dos pés, sobretudo nos dias quentes. Você também pode caminhar por uns metros para estimular a circulação sanguínea nesta área.
· Dores no tendão de Aquiles podem ser o sinal de um selim demasiado baixo. Com o selim baixo você é forçado a pedalar com o pé na horizontal, forçando assim o tendão. Com o selim um pouco mais para cima, seu pé trabalhará inclinado para a frente aliviando a tensão no tendão de Aquiles.
· Dores no pescoço, quando você segura na parte de baixo do guidão em uma bike speed, podem ser o sinal de um guidão muito baixo. Levante-o até que fique uns 3 ou 5 centímetros mais baixo que a ponta do selim.
· Se você sente dores na região lombar (parte inferior das costas) muitas vezes é sinal que você precisa fortalecer os músculos do abdômen. Um abdômen flácido, sobrecarrega a região lombar ao pedalar. Para isso, somente exercícios abdominais resolvem.
· Dores nos braços (tríceps) durante a pedalada podem ser um sinal que sua mesa está muito longa. Substitua-a por outra mais curta.
· Dores nos ombros, em contrapartida, podem ser sinal de uma mesa muito curta.
· Formigamento e dormência nas mãos são facilmente resolvidos se você relaxar e não apertar com exagero a mão na manopla. De tempos em tempos, tire a mão do guidão e agite-a ou faça movimentos para ajudar na circulação. Bem simples, mas resolve.
· Dores nos dedos das mãos após um longo trecho freando em trilha de downhill são normais. Tão logo possível, faça uns movimentos com as mãos que a dor passará.
· Evite dores no pescoço movimentando sua cabeça de tempos em tempos para um lado e para outro. Fazer movimentos para encostar o queixo no peito (alongamento da parte posterior do pescoço) também ajudam. Faça esses movimentos especialmente quando estiver pedalando na parte baixa do guidão de uma speed. Essa pequena ginástica também é válida para cicloturistas e mountain bikers.
· Dores e fisgadas após a pedalada, na parte de trás da panturrilha e na parte de fora do joelho, podem ser sinal de um taquinho mal regulado. Vá a uma conceituada oficina de bikes e peça ajuda ao mecânico para achar a melhor posição para você,
· Após um passeio ou treino forte, faça pelo menos 10 minutos de giro leve com sua bike e evite as subidas. Isso ajuda a evitar a queimação e ardume nas pernas pós exercício.
Alongamentos bem feitos antes e depois da pedalada são a chave para evitar muitas dessas dores. Alongue não somente os membros inferiores (pernas) mas também costas, braços, ombros, pescoço e até mesmo as mãos. Se não conhecer os tipos de alongamentos, peça ajuda a um professor de educação física.

Treinamento - Postura Mental

SUA POSTURA MENTAL E FORMA DE ABORDAR A PROVA É TUDO
Mark Allen


O seu sucesso em um IronMan no dia da prova pode ser atribuído a um único fator: a sua postura e atitude diante da prova. O motivo é simples: todo o trabalho físico já foi feito e não tem nada mais que pode ser melhorado agora. Outro fator importante é a alimentação na prova, mas isso também você já cansou de treinar.
O que realmente pode transformar uma prova boa para uma prova "maravilhosa" é a sua atitude mental. E melhorando isso você estará próximo de se tornar um atleta completo.
Mesmo que você esteja no melhor dos seus dias, ter a cabeça no lugar é a chave. Se não for o melhor dos seus dias, será o diferencial entre desistir e terminar a prova.
Vamos olhar para o Havaí 2001. Ventos fortíssimos chamaram a atenção de todos os atletas. A maioria terminou, mas alguns que ficaram pensando no "vento" fizeram erros bobos de alimentação e no ritmo da prova que não estavam acostumados. Resultado: não terminaram a prova.
Como você reage a intensidade da prova? Estressado ou tranqüilo? Você encara as dificuldades do dia como um desafio prazeroso ou se pergunta por que entrou nessa loucura? Você fica pensando como será na chegada ou como você deve correr e qual ritmo seguir? Você já está procurando uma desculpa se por acaso desistir ou você já sabe que vai terminar? Você estará dando tudo? Ou não, porque de repente você acha que as condições da prova não são ideais para terminar. Saber responder essas perguntas é o caminho para se tornar um atleta completo.
Aqui vão quatro sugestões que ajudarão a melhorar sua atitude mental. Elas te darão forças independentes das forças externas negativas (tempo, cansaço, ...).
Acalme sua cabeça
É o fator mais importante para uma prova perfeita.
Uma atitude negativa (está difícil, esta doendo, porque estou aqui, ...) já acaba com a sua prova antes dela começar. Se for impossível achar algo positivo nessa hora, faça outra coisa para acalmar seu pensamento. Pare de pensar na prova e, por exemplo, se concentre na sua respiração. Conte quanto tempo você inspira e expira. Preste atenção no seu corpo e o que está acontecendo a sua volta sem julgar nada. Isso irá liberar a sua cabeça e talvez assim você começará de novo a se sentir melhor.
Paciência
O tempo da prova é muito relativo. As vezes ele passa muito rápido em algumas fases da prova. Em outras ele demora mais. Se perder a paciência a prova será interminável. O segredo é fazer a prova passar rapidamente. O segredo é se lembrar que ninguém está te obrigando a estar ali naquele momento. Foi você quem escolheu estar ali, portanto você não deve se cobrar nada. Essa é uma prova de paciência e você deve rir dos momentos mais absurdos. Parece obvio, mas lembre-se disso quando começar a perder a paciência e querer que a prova termine o mais rápido possível. Acalme seu pensamento e a velocidade aumentará.
Seja grato
O contrário disso é se concentrar em o quanto a prova é difícil. Errado. Ser grato é agradecer que você está vivo e é capaz de fazer isso. Comece a prestar atenção naquilo que está a sua volta. Uma das melhores formas de fazer isso é prestar atenção na natureza a sua volta, ou se não tiver nada bonito, lembre-se de algum lugar maravilhoso que você já esteve (uma montanha, um lago, algo que te marcou). É nessa hora que você começa a esquecer a dor e os problemas ali enfrentados e agradecer por estar vivo.
"Obrigado por estar aqui" é o que temos que dizer. Isso vai livrar sua mente, pois mesmo sentindo esse desconforto você estará lidando muito bem com isso, pois é um privilegiado de estar ali naquela hora, trabalhando seu corpo em todas as possibilidades possíveis.
Melhorando a autoconfiança
A maioria de nós constrói essa confiança durante o período de treinamento e preparação, se sentindo mais fortes e dizendo para nós mesmos o quanto estamos bem. Só que tudo isso pode evaporar no momento que é dada a largada.
Quando a realidade da prova não bate com aquela imagem positiva que você imaginou, uma guerra mental começa a acontecer, e quando isso ocorre à prova vence e você perde.
Então aqui vai um outro modelo para desenvolver sua autoconfiança. Isso tem muito a ver com a forma de cada um de nós ver a vida e confiar nela. Muitos não confiam nela e sempre tem uma atitude negativa, sempre se preocupando em o que pode acontecer de ruim no lugar de aceitar a vida como ela é, ou seja, com o lado ruim e o BOM.
Essa forma de autoconfiança diz que não importa o quanto a prova seja difícil. A sua vida e a vida continuam. Pensando assim, você vai encarar os desafios da prova como ela é, ou seja, sem dar muita (ou pouca) importância aos problemas.
Isso não tem nada a ver com o resultado da prova e nem com a "prova ideal" que você tinha imaginado. E como os dois não estão ligados, as possibilidades de transformar as atitudes negativas em positivas são enormes.
Uma das formas mais fáceis para melhorar essa forma de autoconfiança é perguntando o que eu estou refletindo. Uma atitude negativa? Fraqueza? Um pobre coitado? Ou estou refletindo gratidão, paciência, força, humildade e a aceitação de que posso lidar com qualquer dificuldade. Refletir sobre atitudes positivas irá transformá-lo em um atleta completo.
Você deve sempre praticar essas técnicas como se estivesse praticando as técnicas de nado, ciclismo e corrida. Experimente, cada vez que treinar / competir pode ser a chance de colocá-las em prática. Lembre-se que um atleta completo sempre irá trabalhar o corpo e a cabeça. Um atleta fisicamente preparado, mas que "amarela" quando estiver sobre pressão não é completo. Quando as duas coisas se juntam e são constantemente melhoradas, o atleta estará completo e a "prova perfeita" estará muito próxima.
Mark Allen (
www.markallenonline.com)
Tradução: Tiziano Borgonovo:
tiziano@bbs2.sul.com.br

Treinamento - Dicas de competição, bike, tenis, ...

Aprendi algumas coisas interessantes e úteis durante estes anos no esporte. Gostaria de passar algumas informações que poderão ajudar:

Competição

Faça uma revisão nos seus equipamentos no mínimo um dia antes da competição e teste para ter certeza que esta tudo correto.
Separe todo a material que irá utilizar no dia da competição na véspera.
Decida se irá usar o número preso na camisa ou na cinta elástica e experimente colocar no corpo antes da prova.
Decida se irá colocar a camisa na área de transição, nadar com ela no corpo, enrolar dentro da sunga ou dentro da touca. Teste antes da competição sua decisão.
Mentalize você competindo do começo ao final verificando tudo que irá fazer, vestir e pegar. Pratique as etapas. Na hora sairá tudo naturalmente sem surpresas.
Use elástico no tênis ou invés de cadarço. Sua transição será mais rápida.
Utilize sempre o capacete mesmo para treinos curtos. Um hospital e bem mais caro que o capacete. Ficar na cama você sofre e sua família mais ainda.

Equipamento

Para preservar sua relação da bicicleta evite usar a coroa maior com as duas catracas maiores e a coroa menos com as duas catracas menores.

Para limpar a catraca utilize uma tira de um pano velho torcido com 1 cm de largura.

Para limpar a corrente pegue uma garrafa de água mineral, corte ao meio da boca ao fundo, prenda logo abaixo da corrente e coloque um pouco de removedor. Vá girando a corrente e limpando com uma escova de dente.

Leve sempre câmara e bomba nos treinos para não ficar a pé. Ficou sem câmera, uma solução é encher o pneu com folhas.

Procure pedalar nas retas entre 90-95 RPM (rotações por minuto - número de pedaladas por minuto), você ganhará mais giro. Nas subidas 75 RPM.

Em dias de chuva de uma pequena freiada antes da curva para tirar o excesso de água das rodas e depois freie de verdade. As curvas ficam mais escorregadias.

Calculando tamanho do quadro

Existem várias fórmulas e métodos para se determinar o tamanho do quadro de uma bike de estrada. Entretanto, a mais aceita na atualidade é a fórmula desenvolvida pelo engenheiro suíço Wilfried Hüggi, que consiste no tamanho do cavalo x 0,65 cm. Para encontrar o tamanho de seu cavalo: Fique descalço, com as pernas ligeiramente afastadas, e vista sua bermuda de ciclista. Encoste-se em uma parede, faça uma marca com um lápis da altura do seu cavalo na parede e meça a altura com uma fita métrica. O valor encontrado será o tamanho aproximado do quadro ideal para o ciclista. Ex.: Um ciclista que tem o cavalo na altura de 79 cm, deverá se adaptar melhor ao quadro de tamanho 51, já que 79 X 0,65 = ~51. No Brasil é difícil de se encontrar quadros com numeração ímpar, o jeito é adquirir um tamanho de quadro aproximado. Arredonde esse valor para menor para uma bike mais ágil e esperta, arredonde-o para maior e você terá uma bike mais confortável e estável, boa para os cicloturistas. Tente primeiro um quadro menor, se após fixar a altura do selim, o canote ficar muito exposto, é melhor então adquirir o quadro imediatamente maior.

Para medir o tamanho de um quadro sloping - aqueles com o tubo horizontal inclinado para trás - despreze a sua inclinação. Tire a medida com a fita métrica paralela ao chão.

A altura é o mais importante no quadro. O comprimento pode ser ajustado trocando-se a mesa. O mercado oferece opções de mesa que vão dos 7 aos 14 cm, com incrementos de 0,5 em 0,5 cm. Canotes de selim e mesas têm marcações que indicam o limite de regulagem. Não ultrapasse os limites! Se na sua bike esses limites ficarem expostos é sinal evidente que a bike está pequena para você.

A regra acima não se aplica às mountain bikes. O tamanho do quadro é geralmente em polegadas e além disso, os quadros de mountain bikes devem ser menores que os de speed para terem mais agilidade nas trilhas. Existe uma regrinha que foi publicada pela revista norte-americana Mountain Bike Action, em janeiro de 1992 que ensina o seguinte: Encontro a altura do seu cavalo, transforme em polegadas e então subtraia 14. Pronto! O resultado é o tamanho do quadro para mountain bike. Exemplo: 79cm : 2,54 = 31,10 polegadas. Subtraindo 14 de 31,10 temos o valor 17,10 polegadas. O quadro a ser escolhido, seria então um de 17.

Existe no mercado bicicletas que possui o tamanho XS, S, M, L, XL.

Aro 650c e 700c

Andei fazendo umas pesquisas a respeito de aro 650 e aro 700. Pesquisei no Brasil e no exterior. Fiquei em dúvida se permaneceria no aro 650 ou se passaria para o aro 700, pois no Brasil quase todos passaram para o aro 700. Nas provas que tenho participado no exterior, tenho visto metade com cada tipo de aro. Somente no Brasil esta sendo diferente. Após a minha pesquisa mantive a idéia de permanecer no aro 650. Um dos e-mails que recebi achei interessante publicar para as pessoas que possuem certa dúvida pensarem a respeito. O e-mail diz o seguinte:
“Em termos de performance não existe nenhuma prova de que as bikes com roda 650 são melhores ou piores do que as com 700. Ninguém conseguiu provar nada e nos continuamos a dizer que em termos de performance tanto faz.
Os testes em túnel de vento mostram que a roda 650 tem melhor comportamento do ponto de vista de aerodinâmica porque tem menor superfície e raios mais curtos.
Por outro lado quando você usa 650 com bikes grandes, ou seja, para pessoas grandes, o head tube tem que ser maior e sendo maior tem mais atrito com o ar. Isso quer dizer que existe um compromisso entre rodas e frames. Alem disso para pessoas grandes com rodas pequenas a bike fica mais instável.
O que tem acontecido nos últimos 2 ou 3 anos pelo explicado acima, as bikes pequenas (até tamanho 53) tem sido comum a roda 650 e para tamanhos grandes (57 para cima) o comum é a roda 700. Nas 54, 55, 56, passa a ser preferência pessoal porque tanto faz o tamanho da roda.
Do ponto de absorção de choque, as bikes de rodas grandes são melhores porque tem raios mais longos e absorvem melhor o choque. O material da roda vai fazer diferença nessa absorção, mas em geral as 700 absorvem melhor o choque.
Do ponto de vista de percurso, se este for plano e reto, as rodas 700 desempenham melhor nas mesmas condições se comparadas as 650. Se o percurso tiver curvas e subidas a aceleração, as 650 terão desempenho melhor.
Sobre o Brasil, o que temos visto durante os últimos 7 anos é que o que vale é a moda. Um dia, alguém diz que 700 vai acabar e ninguém mais quer 650. No outro dia alguém vem do exterior e diz que viu na prova tal, uma quantidade enorme de bikes com rodas 650 e a coisa começa a virar. Entretanto, como o mercado é pequeno, ninguém se estabelece no país. Atualmente a tendência brasileira é roda 700, e por isso tem pouco ou quase nada de 650. Como tem poucos 650, as pessoas vão para 700 e assim 700 vai aumentando. O problema disto é que as pessoas que deveriam estar usando 650 estão usando 700 e talvez "perdendo" um tanto em performance.

Tênis

Após uma corrida o tênis precisa repousar um dia para voltar ao seu estado normal de absorvisão de impacto. Procure correr um dia com um tênis e no outro dia use outro tênis. Além de utilizar melhor sua absorvisão, ao final do ciclo de treinamento você poderá estar com dois tênis com meia vida e sofrendo pouco impacto, caso contrário usará um tênis até o final, sofrendo mais com os impactos, e depois voltará a usar um tênis novo.

Um tênis bom de treinamento para maratona deverá durar cerca de 400km.

Tipo de pisada

Procure observar se sua pisada é para dentro (super pronação), para fora (sub pronação ou supinação) ou neutra (pronação normal) pisando correndo com o pé molhado em uma folha de papel. A grosso modo, se a pisada for estreita você pisa para fora, se for larga pisa para dentro ou então é normal. Quando for comprar um tênis em uma loja especializada comunique que tipo de pisada você possui, se o tênis é para competição ou treinamento e quanto pretende correr por dia. Cada tênis é projetado para um tipo de pé e finalidade por este motivo são caros. Não seja enrolado pelos vendedores com este papo de "este tênis fulano usa, é ótimo". Pode ser bom para fulano mas não para você.

Terrenos

Procure correr em terrenos menos duros. Corra em areia plana e não muito fofa, grama não muito irregular, pista de atletismo, asfalto para acostumar com o piso da competição e em último caso cimento. Utilize a corrida dentro da piscina para recuperar lesões.
Treinamento
"Escute seu corpo": Se "ele" pedir para segurar o treino, segure.
Não teve tempo para treinar ontem, pule este treino e passe para o dia seguinte. Não sobrecarregue os treinos. Não treine as atividades de ontem e de hoje em um só dia.
Esta bem no treino? ótimo, guarde energia para depois. Siga corretamente o treinamento.

Treinamento - Fórmula da Frequência Cardíaca

Quero lembrar que não devemos praticar atividades físicas sem antes procurar um médico e um técnico especializado na modalidade em que você pretende fazer.
Seu coração é o músculo mais importante do seu corpo. Na realidade, ele serve como um barômetro para o resto de seu corpo, informando a intensidade de seus exercícios, o seu estado emocional, e a velocidade com que você está utilizando suas energias. Ele coloca tais variáveis psicológicas em conjunto, estabelece seu peso e produz um sinal que informa sua condição física geral. Este sinal é sua freqüência cardíaca, e a sua importância para qualquer um que pratique exercícios físicos é a razão pela qual Monitores de Freqüência Cardíaca foram desenvolvidos.


Fórmula de Freqüência Cardíaca
Método Ajustado à idade: Este método utiliza a sua idade e sua freqüência máxima calculada matematicamente para determinar a sua freqüência de treinamento e não através de um teste de esforço, o que pode ocasionar erros de até 40 bpm (batimentos por minuto).
FCMax (freqüência cardíaca máxima) = 220 - idade
Existem cinco zonas diferentes de treinamento que correspondem a cinco diferentes níveis de intensidade de exercícios:
1 - Zona de Atividade Moderada: 50 – 60% da FCMax
Para aqueles que estão começando seu programa de treinamento e tem estado inativo, estão em condições extremamente pobres, ou precisam se reabilitar de alguma dificuldade médica.
2 - Zona de Controle de Peso: 60 – 70% da FCMax
O treinamento neste nível fortalecerá seu coração e dará a ele oportunidade de trabalhar em seu nível ótimo.
3 - Zona Aeróbica: 70 – 80% da FCMax
O treinamento dentro desta zona beneficia não apenas seu coração, mas também seu sistema respiratório. Treinar o seu sistema respiratório é o que aumenta sua resistência.
4 -Zona do Limiar Anaeróbico: 80 – 90% da FCMax
Quando treina nesta zona, os benefícios primários serão o aumento da capacidade de seu corpo em metabolizar o ácido láctico, permitindo a você treinar ainda mais intensamente antes de entrar na zona dolorosa de acumulação de lactato e débito de oxigênio.
5 -Zona de Esforço Máximo: 90 – 100% da FCMax
Você só deve treinar nesta zona se você estiver muito bem condicionado. Enquanto você está nesta zona, você terá ultrapassado o limiar anaeróbico, e você estará trabalhando em débito de oxigênio, isto é, seus músculos estarão usando mais oxigênio do que o seu corpo pode proporcionar.
Freqüência Cardíaca Basal

A freqüência Cardíaca Basal ou pulso basal é um ótimo instrumento para se determinar à recuperação após um determinado esforço.
Para se determinar a F.C. Basal, é necessário que o atleta descanse por um dia e no dia seguinte, ao acordar, antes de se levantar, deve medir a freqüência cardíaca por um minuto. Sempre um minuto.
O procedimento deve ser repetido por três dias seguidos, mantendo-se durante esses dias uma atividade física de caráter recuperativo.
Ao final, estabelece-se uma média que deverá servir de base para a comparação com novas medições da F.C. Basal.
Sempre que você tiver praticado uma atividade física mais intensa, poderá determinar se houve recuperação, medindo a F.C. Basal no dia seguinte.
Se a F.C. Basal apresentar um valor de 10% ou acima da F.C. Basal previamente determinada recomenda-se uma atividade de cunho recuperativo e medição da F.C. Basal no dia seguinte.

Lanzarote, um Ironman duro e belo

Do meu ponto de vista este foi o ironman mais difícil e mais belo que já participei. Juntou o vento forte de clima tropical de St Croix, Fortaleza e do Havaí, as subidas da Alemanha e a de St Croix, o calor do Havaí e Fortaleza, a beleza de uma ilha vulcânica do Havaí e a simpatia das pessoas aplaudindo e dando incentivo da Alemanha e do povo brasileiro. Isto tudo regado a belas paisagens. O ironman é uma prova dura, mas vale a pena agüentar um pouco mais esta dificuldade e correr um ironman em Lanzarote. A prova tem que ser vista com outros olhos. Esqueça de tempo e resultado e simplesmente curta a prova e o visual. O resultado será conseqüência, mas esta experiência de vida e a curtição da prova serão inesquecíveis. Recomendo ir com ótimas companhias para fechar com chave de ouro.
Há anos que pretendia fazer esta competição e sempre ouvir falar que era doideira por ser uma prova muito dura. Somente meu amigo Huka que já havido estado por lá falava que eu iria gostar. Queria companhia para ir e não encontrava, porém este ano dois amigos com espírito ironman resolveram enfrentar as dificuldades da prova. Partirmos nós três para as Ilhas Canárias para quebrar este mito que por ser uma prova dura não valeria a pena ir. Eu, Huka e Ramiro pegamos o avião e fomos rumo ao outro lado do oceano atlântico para representar nosso país nesta prova respeitada pelo mundo todo. Logo de cara já entramos no clima da curtição e fomos nos divertindo do Brasil até Lanzarote. Havia uma garota ao nosso lado no avião que ficava se segurando para não rir de tanta bobagem que fazíamos e falávamos. Era um tirando sarro do outro. Chegando as Ilhas Canárias já deslumbramos de um belíssimo visual do avião vendo um oceano azul e transparente sendo apenas interrompido por ilhas vulcânicas com casas todas brancas com arquitetura do mediterrâneo. Após nos estabilizarmos no hotel e reconhecimento do local conhecemos duas loiras que nos tiraram mais ainda do serio ate o final da viagem. Uma era a Dourada e outra a Estrela. Duas marcas de cerveja que regaram as noites de Lanzarote, acompanhadas de pizza, que nos alegrava ainda mais as noites do local. Mas nem tudo era risada e na quinta quando saímos para pedalar pegamos um vento lateral um pouco de frente de 40km/h, comunicado pelos locais. Estávamos na descida fazendo força para conseguir ir para frente e toda hora sendo jogado para fora da estrada. Estávamos pedalando na reta com o corpo bem deitado para controlar o ruma das bicicletas. Tivermos varias vezes que parar, pois estávamos sendo jogados para as pedras fora do acostamento e quando segurávamos as bicicletas elas queriam literalmente sair voando. Ficamos bem apreensivos pelo risco que poderia ser o percurso do ciclismo. No dia da prova o vento estava forte, porém com uma intensidade segura de se pedalar. Para contrabalancear este susto havia o mar com uma água azul transparente um pouco gelada, mas suportável e parecendo um aquário. No treinamento ate paramos de nadar para observar os peixes e corrais que haviam no fundo daquele mar maravilhoso. Outra coisa boa era correr na beira mar com aquele visual e sempre passando pessoas com caras boas nos distraindo e alegrando aquele momento de prazer. O calor forte é meio despercebido por causa do constante vento. Sempre tomamos atenção com o sol porque este é uma maneira de queimarmos e desidratarmos sem perceber.
No dia da prova como todo iron acordamos cedo e fomos nos preparar para a largada. Muita gente para assistir e 1006 atletas prontos para a largada. Por a água ser muito transparente, o percurso ser todo balizado e estar com roupa de borracha, sai da água com uma hora de natação. Meu melhor tempo ate hoje. Sai para pedalar com muita disposição e me sentindo super bem, mas sabendo que o pior viria depois da metade do percurso. Um porque perto do km 90 começam as subidas fortes e no iron depois de 120km é aonde o ciclismo começa a ficar bem desgastante. Um ponto fraco que achei na prova e a distribuição de água e isotônico durante o ciclismo. Após o km 100 fiquei sem isotônico e sem água e em um dos postos de abastecimentos não consegui me hidratar direito. Resultado, comecei a me sentir bem desgastado e só fui conseguir me reabastecer depois de 20km. Com isto tive que diminuir o ritmo e uns setenta atletas me passaram, mas aproveitei para curtir muito o visual. Em uma das subidas fortes temos uma vista maravilhosa e da vontade de parar e tirar umas fotos. Como toda subida desce, pegamos umas descidas muito fortes e como não conhecia o que viria após cada curva e estávamos beirando um precipício resolvi frear um pouco mais e descer em segurança. No final do ciclismo temos bastante descidas o que da para recuperar um pouco as pernas para a corrida. O ciclismo possui o tempo todo muitas subidas, o vento esta sempre forte variando por todos os lados, o calor é intenso, muitos trechos de estrada o asfalto é áspero porque passamos por estradas secundarias e temos que ¨escalar¨ dois vulcões. Este é o ciclismo de Lanzarote. Final do ciclismo chegamos novamente a área de transição. Muita gente aplaudindo e já alguns atletas correndo. Sai para correr um pouco forte e logo de cara senti que o vento iria segurar um pouco e o calor iria castigar muito. A estratégia seria não deixar de me alimentar e hidratar bastante a cada posto de abastecimento. O percurso são quatro voltas com pequenas subidas bem leves sempre na beira mar com um publico bem caloroso dando palavras de força e incentivo. Não querem que paramos de correr por nada. A estratégia era não andar e cruzar a linha de chegada com saúde e alegria de estar completando aquela prova tão dura, mas também muito linda. Após 11:03h completei os 3.800m de natação em um mar maravilhoso, pedalei 180km percorrendo a ilha de Lanzarote e atravessando vulcões e corri 42,195m debaixo de muito sol e sendo aplaudido por muitas pessoas calorosas. Meu 12º foi completado. Tive o prazer de conseguir pedalar 100km próximo de meu amigo Huka que hora ele me passava e hora eu passava ele e correr 21km do lado do meu amigo Ramiro que tornou a corrida muito menos desgastante. Na minha categoria deixei cerca de 150 atletas para trás ficando em 32º e no geral deixei quase 800 atletas para trás ficando em 201º. Missão cumprida e ¨carona para mais um elefante¨. Falo isto porque comento que após cruzar a linha de chegada em um ironman parece que tiramos um elefante das nossas costas.
Conhecemos atletas da Itália, França, Paraguai, Uruguai, Argentina, Austrália, ou seja, acabamos conhecendo pessoas e cultura do mundo todo. Todos sempre bem dispostos e gente boa.
No comercio de Lanzarote as pessoas são bem receptivas e fizemos amizade com bastante pessoas que trabalham no local. Até ganhamos rodada da nossa amiga loira Estrela que nos alegrava as noites.
As praias de Lanzarote são paradisíacas e conhecer os vulcões são uma beleza a parte.
Lanzarote... eu recomendo

Ganhar um ironman é muito bom

Depois de um ano sem animo para atualizar minha pagina com novas noticias, volto a dar ótima noticias. Antes vou explicar porque não tive animo de voltar a escrever. No Ironman de Florianópolis de 2003 perdi a vaga do Havaí porque um atleta cortou o percurso de natação e não foi desclassificado pela organização. Com este grande detalhe este atleta acabou fazendo sua única prova com ótimo tempo em ironman e acabou ficando em oitavo na sua categoria que era a mesma que a minha. Eu cheguei logo atrás deste atleta. Como eram oito vagas para o Havaí acabei ficando sem vaga. Estava conformado até verificar que este atleta havia feito uma natação fora do normal em ironman, inclusive nadando melhor que todos os profissionais sendo que este nunca teve boa natação. Seu currículo em triathlon estava registrado isto. Solicitei para a organização verificar este fato, porem não assumiram o erro. Fiquei chateado por não conquistado o que era meu por direito e esforço e um atleta que não mereceu a vaga ficou com ela. Fiquei sem motivação para escrever e competir em muitas provas. Com estas mudanças resolvi competir no ½ ironman de Fortaleza que seria em abril de 2004 e tentar correr um ironman nas Ilhas Canárias. Como inicio de temporada optei por correr o Triathlon Internacional de Santos que ocorreu em fevereiro de 2004 e terminei em terceiro lugar em boa disputa. Em Abril corri o ½ de Fortaleza e obtive ótimo resultado ficando em oitavo na elite e campeão geral amador e na minha categoria. Por falta de patrocínio tive que optar por correr novamente o Ironman de Florianópolis. Senti muito frio durante a prova e sentia que meu corpo não estava disposto a fazer muito esforço e estava sem velocidade. Terminei o ironman, porém obtendo meu pior tempo. Fiquei desmotivado. Fiquei treinando apenas para manter o preparo e por gosto ao esporte. Sem objetivo resolvi correr umas provas de apenas pedestrianismo no local aonde trabalho e acabei faturando todas. No final do ano descobri que haveria um ironman com medidas oficiais novamente em Fortaleza. Adorei a idéia e o local, pois seria uma competição quente como gosto. Treinei para isto. Chegando o dia da competição ainda não tinha certeza se iria por não ter patrocínio. Como já havia treinado resolvi fazer os últimos esforços para conseguir ir e deu certo. Foi uma prova excepcional. Contarei com detalhes:
Chegou quinta feira antes da competição e havia conseguido tudo de última hora para ir até Fortaleza. Estava em dúvida se não havia passado do ponto para a competição e se havia feito o treinamento com a qualidade que queria. Resolvi treinar especifico somente oito semanas para não ficar de saco cheio. Resolvi contar novamente com a experiência de oito iron nas costas. Cheguei em Fortal, montei a bike e resolvi dar um giro para ver se estava tudo certo. Estava tudo certo, mas o pessoal de Fortal dirige muito nervoso e quase fui atropelado logo de cara. Na véspera de competição fui ao simpósio e conhecia apenas um atleta. Farei minha prova e não me importarei com os outros. Antes de fazer a inscrição queria saber quem iria correr porque teria troféu até o quinto no geral e como havia ficado em oitavo no ½ iron tive uma certa pretensão que poderia tentar ficar em quinto. Tirei este pensamento da cabeça e o negócio era fazer minha prova. Soube após a competição que os atletas já me conheciam pelo meu resultado do ½ iron e já haviam falado que seria um candidato a brigar pelo quinto lugar. Havia dois candidatos para ficar com o primeiro lugar. Somente vim conhecer quem eram quando a prova acabou. As 06:00h foi dado a largada na lagoa do banana em Cumbuco – Fortaleza. Depois de algumas braçadas percebi que um atleta estava sempre no mesmo ritmo que eu. Resolvi ficar nadando na sua esteira para poupar energia. Deu tudo certo. Apenas durante um momento este atleta errou o caminho porque o sol estava na cara e acabei indo em direção errada junto com ele. Perdemos pouco tempo e seguimos o caminho. Sai da água respectivamente bem dentro do meu ritmo de natação e sai para pedalar. Não sabia em que colocação estava porque os atletas que estavam fazendo a distância de ½ iron já estavam pedalando. Estava com dores nas costas e meio desanimado. Quando entrei na terceira volta de ciclismo me informaram que eu estava em terceiro e a cinco minutos do líder. Aquilo me deu novamente animo e resolvi crescer na competição. Quase no final da terceira volta comecei a liderar a prova. O atleta que estava em segundo não deixou barato e foi para a ponta. Não fiquei preocupado e mantive este no visual e fomos para a quarta e última volta de ciclismo. A cada volta do ciclismo havia uma pernada de 20km com vento forte. A cada volta o vento estava mais forte e a previsão era ter ventos de 24km/h. Comecei a ter fortes câimbras nas cochas e tive que manter um giro bom sem fazer força para não travar tudo. Na metade da última volta, mesmo mantendo apenas giro forte, alcancei o líder que estava muito cansado e passei a liderar novamente. Estava com o vento forte na cara e mantive o ritmo. Faltando 13km para terminar coloquei um ritmo firme no pedal e comecei a observar quem estava trás, pois eu estava no sentido de retorno à área de transição e eles ainda estavam indo. Percebi que havia aumentado a distância do segundo e terceiro lugar. Terminei o ciclismo como líder e ao descer da bike tiver uma forte câimbra na cocha. Mantive a calma e esperei a perna relaxar. Consegui prosseguir dentro da área de transição, mas tive câimbra nas panturrilhas para colocar o tênis. Com calma e relaxado sai para correr me sentindo bem e com as pernas soltas mesmo após as câimbras. No inicio da corrida percebi que estava mais ou menos um quilômetro na frente do segundo colocado e os outros vinham um pouco mais atrás. Corri 3km e entrei para correr em uma estrada aonde estava calculado uma temperatura de 40 graus e não havia uma sombra. Comecei a sentir a temperatura do corpo subir muito. Era uma hora da tarde e o sol estava muito forte. Tentava manter um ritmo bom para não perder muito a diferença que havia colocado dos outros atletas. Estava muito difícil e precisava de gelo para baixar a temperatura do corpo. Podia ver o posto de abastecimento no final da subida e estava a quase 2km de distância. Parecia uma eternidade. Consegui chegar ao posto e refresquei o corpo como pude. Muita água, cuidado com alimentação, e sempre olhando o relógio para manter o ritmo e não esquecer de me hidratar e alimentar. Perto do 15km um staff falou que eu estava bem e que o segundo vinha um pouco mais rápido que eu, mas estava distante uns dez minutos. Os outros atletas não apresentavam risco. Um carro passou e falou que quem iria ganhar era o cearense que vinha atrás. Sabia que ainda havia muita prova e muita coisa podia mudar. Mantive a calma, tinha experiência neste tipo de prova e já havia corrido em provas quentes. Concentração e mantive o ritmo. Bolhas sendo sentidas dentro do tênis. Dou uma parada para acertar a meia de forma mais confortável e sigo em frente. No km 30 sou informado que o segundo esta 1.4km atrás de mim. Os outros atletas também estavam sendo informados das distâncias entre eles e do líder. Sabia que o ritmo teria que ser aumentado e a hora estava chegando. Estava bem porem com as pernas bem sensíveis a terem câimbras. Fui aumenta um pouco a velocidade e queria chegar quando tivesse 5km para terminar a maratona com cinco minutos na frente do segundo assim se eu tivesse correndo fraco e ele forte iríamos chegar quase juntos, porém estaria mais descansado para dar um arranque final. Faltando 5km para terminar me avisaram que ele estava com menos de três minutos de diferença. Estava me sentindo bem e comecei a correr forte. A esta altura já estava entrando na beira mar, moto parando transito, sirene tocando, pessoas parando para assistir e aplaudir, eu era o líder do primeiro ironman de Fortaleza e não iria vender barato o primeiro lugar. Aumentava o ritmo consciente para não fazer bobeira e travar a perna. Faltava 2km para terminar a competição e o segundo estava dois minutos atrás. Todos aplaudiam e falavam que já era o campeão. Corria firme e consciente para a vitória. Muita emoção e cumprimentos. Finalmente após 10:39’ de competição com muito vento e calor avistava o tapete vermelho e a faixa de chegada. Eu era o cara. Eu era o líder. Eu sou o campeão do primeiro Triathlon Longão Cabra da Peste e Mulher Guerreira de Fortaleza 2004. Obrigado ao meu staff que me acompanhou durante a corrida me dando todo apoio que pedi, ao povo de Fortaleza que esta sempre alegre e receptivo e aos novos amigos atletas que sorriram com muito orgulho com minha vitória. Estão todos de parabéns.

Um sonho de cinco anos

Depois de 5 anos tentando a vaga para o Campeonato Mundial de Ironman do Havaí, Carlos Paiva realizou seu sonho. Sonho de muitos triathletas que acreditam ser uma missão quase impossível. Pois é, quem acredita, tem fé e determinação, alcança. Carlos esteve entre os 1.500 melhores ironman do mundo no dia 19 de outubro de 2002. É uma semana de muita festa com direito a desfile dos países participantes. Cerca de 23 atletas brasileiros estavam presentes, alguns com seus familiares e amigos que deram tanta força e tiveram compreensão nas horas e horas de treinamento. O desfile dos brasileiros foi uma festa só. Fernanda Keller em um carro à frente seguida pelos brasileiros balançando a bandeira brasileira como em um desfile de samba e um "carrinho Mustang" tocando músicas nacionais. Todos sacudiram e aplaudiram. Em Kona, local da competição, tudo foi estruturado para receber os Homens de Ferro. Os atletas treinam na orla da praia com direito a isotônico e estar ao lado dos melhores triathletas do mundo. Voluntários desde os adolescentes aos idosos, com plena satisfação em resolver os problemas.
Carlos nadou os 3.800m como previsto com direito a apreciar os peixes do Oceano Pacífico tão azul. Pedalou bem na estrada cercada de pedras dos vulcões e com o vento forte de Hawi. Hawi é aonde o vento faz a curva. Retorno dos 100km de ciclismo aonde os atletas passam por mais uma dificuldade e surpresa das dificuldades do Havaí. Até o quilometro 155 estava tudo bem, depois houve um estalo e Carlos teve uma surpresa ao olhar para baixo e ver sua bicicleta quebrada no local do banco. Parar nem prensar. Tanto sacrifício para estar ali, não seria a falta de um lugar para sentar que acabaria com um sonho. Colocou a peça quebrada com o selim em cima do guidão e terminou os 25km restantes pedalando em pé. O objetivo da prova passou a ser outro. Atletas passavam e diziam palavras de apoio. Uns falavam bom trabalho, outros falavam que seria um ótimo exercício para minhas pernas, outros falavam “merda” e as pessoas que assistiam e davam bebidas e comidas para os competidores diziam para ir em frete e aplaudiam. Falta de incentivo não faltou. Como a bicicleta ficou instável, Carlos alem de estar em pé na bicicleta teve que pedalar por cima dos sapatos usado para pedalar, pois com o pé preso na bicicleta teria um risco de queda. Com as pernas um pouco mais cansadas do que o previsto e com uma bolha debaixo de cada dedão do pé por estar pedalando por cima dos sapatos restava saber como seria correr os 42.195m metros finais. Carlos não quis saber e correu forte a maratona. Entrou no “LAB”, uma estrada que corta o Laboratório de Pesquisa de Energia do Havaí, aonde o calor chega aos 40 graus e os atletas estão com cerca de 30km de maratona, e continuou correndo parando apenas para colocar um esparadrapo no pé. Cruzou a linha de chegada numa alegria só, terminando esta dura competição com 10:50h e ficando entre os 36% melhores Ironman do mundo. Sem fé e determinação nada seria possível.

Como surgiu um triathleta

Tive minha adolescência sempre envolvido com alguma atividade física. Nascido em Santos não poderia deixar de gostar de esportes na praia. Adorava velejar, surfar, bater frescobol, correr, sem preocupação de tempo e pulso, na beira do mar apreciando as garotinhas (como era mais agradável correr nesta época), ficar perto dos canais fazendo barras, flexões e abdominais, atividades de um vida boa na beira do mar. Nunca para competição, somente para manter o bem estar do corpo. É lógico que esta vida boa era somente nos finais de semana e feriados, afinal levava os estudos a sério, pois queria fazer faculdade, e esta meta foi concluída com êxito.
Quando comecei a trabalhar no interior acabou esta moleza de academia gratuita (praia) e comecei a pensar em entrar em uma academia. Ficar em quatro paredes puxando ferro não era meu estilo e optei pelas artes marciais. Depois de assistir uma aula de cada modalidade optei pelo KUNG-FU. Levei a sério porém depois de alguns anos tive um problema de costela e abandonei. Casei e entrei em uma vida meio sedentária em termos de treinamento. Resolvi voltar ao KUNG-FU e de quebra comecei a treinar KARATÊ, pois era de graça e no local de trabalho. Após um tempo acabei quebrando um pé no KUNG-FU de bobeira e tive que ficar quarenta e cinco dias sem botar o pé no chão. O lado bom foi que fiquei sem trabalhar, mas o lado ruim é que nunca fiquei tanto tempo parado em minha vida. Certo dia estava assistindo televisão, como já era uma rotina de quem não pode andar, e assisti uma competição de triathlon-kid. Lembrei que um amigo já havia falado sobre a difícil disputa que era o triathlon e como era interessante. Pensei, gosto de nadar, correr e pedalar. Passei a infância e adolescência toda andando de bicicleta. Vou tentar esta "impossível" façanha. Comecei a "treinar" sem compromisso as três modalidades para ver se conseguia simplesmente terminar um Short-Triathlon. Peguei informações com um amigo que já competia na modalidade e peguei uma revista "Trekking" que tinha uma reportagem sobre o triathlon com uma planilha básica de treinamento. Segui esta planilha por um bom tempo.
Começou o ano de 1993 e fui assistir uma competição de triathlon em Santos para ver alguns detalhes de largada, transição e equipamentos. Adorei a prova e não via a hora de fazer a inscrição para a próxima etapa. Levei os treinamentos da planilha a sério, nunca esquecendo que era somente um hobby e não poderia atrapalhar minha vida e serviço. Uma semana antes fui ao local da largada e fiz um Short-Triathlon sozinho como treinamento. Hoje eu sei que não se treina uma competição para competir.
Hora da largada, cinco minutos pareciam meia hora. A sirene tocou e até hoje tenho este som na cabeça. Sai para nadar como um desesperado. Nadei, nadei, nadei e estava em primeiro porém não sai daquele lugar e todo mundo começou a me ultrapassar e eu nem tinha alcançado a primeira bóia. Olhei para o lado e ainda tinha gente com água no peito. Levantei e observei que até então era ora de mergulhar e não nadar desesperadamente (pode dar risada, eu também ri). Haviam bastante ondas. Voltei a nadar novamente e a bóia não chegava. Olhei o mar bravo e pensei em desistir, pois nunca fui nadador. Tive um momento de reflexão e lembrei, treinei estas distâncias três meses sem problema, porque não conseguiria completar mais uma vez. Mergulhei a cabeça na água e não quis saber a distância da bóia. Quando prestei atenção estava do lado dela e dai por diante foi só deixar a competição desenrolar e esperar o final da prova. A corrida era a preocupação: Será que conseguirei completar esta longa prova sem precisar andar. Chegou a linha final e foi só alegria. Esposa, mãe, pai, periquito, cachorro e tudo que tinha direito para dar os parabéns. Que alegria. Dai por diante o objetivo seria abaixar os meus tempos. Segunda competição o tempo havia abaixado. Terceira também. Quarta seria a decepção e raiva. Havia treinado mais e o tempo havia piorado. Primeira experiência: cada competição é uma competição e depende muito do seu dia e do clima. Com esta pequena perda simplesmente pessoal (perdi para mim mesmo) percebi que todo dia se alguém ganha é óbvio que alguém perde e este alguém muitas vezes é você, porém podemos perder alguma colocação, mas a experiência de vida ninguém tira de você (momento Cafússio).
Superado o medo do Short resolvi competir em um olímpico. Fiz até plano de saúde em respeito a competição. Completei a prova e fiquei melhor colocado que no Short. Aí veio a correlação: Se em uma competição em dobro de distância do Short eu foi melhor, em um ½ IronMan eu vou melhor ainda (pode rir novamente). Fui melhorando gradativamente sem pretensões até que chegou a hora de escolher um técnico para treinamento. A melhora foi significativa e os objetivos já eram mais ousados. Resolvi fazer o primeiro 1/2 Iron. Fui bem na prova porém queria saber porque no quilometro quinze amarram uma ancora no nosso pé? Há, se fui melhor colocado do que no olímpico? Digamos que os mesmos feras do olímpico estavam no ½ Iron. IronMan completo, nem pensar!. Somente minha esposa acreditou. Dois anos depois descobri que o treinamento para o IronMan não era tão além do que no ½ Iron e lá estava eu completando meu primeiro IronMan.
Interessante o que as pessoas dizem para você. Algumas elogiam de coração, outras elogiam, mas na verdade estão falando "pô, treinou tanto para não ganhar" e outras falam "você não vai agüentar muito tempo treinando assim... quando casar não vai ter mais tempo para isto.... quando teu filho(a) nascer esta moleza vai acabar.... o "trampo" vai pegar e você não vai agüentar". Passei por tudo isto e aprendi que se tiver determinação, boa vontade, disciplina e abrir um pouco de mão de uma coisinha ou outra, você consegue. Se tirar quinze minutos de quatro tarefas, os quinze minutos não vão atrapalhar muito, mas já esta com uma hora de treino. Não de desculpa de chegar em casa e não brincar com o filho ou dar "assistência" a mulher. No mínimo pode ficar uma hora com cada. O tempo mínimo para ver um filme que acaba com um final babaca ou ver dois jornais que vão lhe dar gastrite. Sobrou muito tempo, leve a família para passear.
As olimpíadas que se torna interessante. O atleta que ganha olha para o cronômetro e dá um soco no ar reclamando porque não bateu o recorde mundial, o segundo reclama que por pouco não ficou em primeiro e o terceiro sorri porque conseguiu um pódio. Um absurdo é a medalha de ouro ser de prata foliada a ouro. Os organizadores ganham tanto dinheiro que não da para fazer uma medalha toda de ouro. Não venha com esta de é apenas simbólico porque ninguém treinou de forma simbólica. E o mais absurdo sendo o esporte um sinônimo de saúde os atletas tomarem "bombas", sabendo que poderá prejudicar a saúde, para ganhar uma competição. Eu iria dormir com a impressão de ter ficado rico roubando dos pobres. Bem, é apenas uma opinião pessoal.
Bem o que aprendi com tudo isto até hoje: Esporte é saudável, porém tudo que é demais e de forma errada prejudica. Composições milagrosas podem te dar alguns pódios porém sua saúde pode ficar comprometida e tira a razão da saúde do esporte. Se você começar cedo em alguma atividade pode ter chance de ser um campeão olímpico porém pode logo ficar de saco cheio de treinar e dai por diante ser somente mais um bolo fofo sedentário. Começando cedo você também pode ser interrompido pelos estudos, pelo trabalho ou pela família, porém se você for determinado e souber dividir seu tempo nada irá te atrapalhar. Começar tarde tem o lado bom, você já esta com o rumo mais ou menos certo e é tudo por prazer e saúde.
O que combina com o esporte: Deus, natureza, saúde, disciplina, responsabilidade, determinação, boa alimentação e boas amizades. O que não combinam com o esporte: Drogas, brigas, mau humor e péssimas amizades. Espero que tenham gostado e quem quiser entrar no esporte não irá se arrepender. É só encontrar o esporte que mais lhe agrada. Não seja um chato que só sabe fazer e falar sobre o seu esporte. Curta a vida.

Fatos interessantes

Alguns fatos ocorreram comigo outros não.
1.Ficar perguntando qual é a melhor lamina de barbear para ficar com a perna mais lisa e ter melhor desempenho na natação.
2.Perguntar se o seu pneu com 300km esta muito gasto para fazer um IRON.
3.Ficar em dúvida até a última hora se leva um ou dois pneus sobressalentes no Iron.
4.Ficar vendo e experimentando o que os outros atletas comem ou irão comer no IRON na véspera da prova.
5.Ir fazer uma competição fora do pais e não entender como é a saída da transição e ser o único mané a sair pelo lado errado.
6.Abrir os braços na hora da largada para ter meia cabeça de vantagem.
7.Ajeitar o óculos de natação com maior carinho e no primeiro mergulho sair tudo do lugar.
8.Sair nadando com água no joelho.
9.Sair da água e não conseguir ficar de pé por não sentir as pernas.
10.Sair tonto da água e não entender os números nos cavaletes.
11.Não achar seus equipamentos na hora de fazer a transição.
12.Ir colocar o capacete e não achar o lado certo e nem conseguir afivelalo.
13.Sair correndo empurrando a bike com a sapatilha no pé (quem esta assistindo se diverte).
14.Fazer a primeira competição de bike CECI (na falta de, vai tu mesmo).
15.Preparar com carinho o que vai comer durante a competição e na hora de pegar deixar cair no chão e seguir caminho dando adeus para as guloseimas.
16.Ajeitar o seu “colega” dentro da sunga achando que ninguém esta olhando e quando percebe uma garota esta olhando para sua cara.
17.Ficar rolando no chão para alongar as costas e os colegas que passam perguntam se esta passando bem.
18.Ver um cara competindo entrar em um caminho totalmente diferente. Você acha que ele errou o caminho e na verdade ele foi no matinho.
19.Ficar olhando a garota da frente puxar o biquini e pensar que ela quer mostrar algo para você e na verdade você recebe um jato de urina na cara (verídico, felizmente não comigo).
20.Não enterder o que é água em alemão e achar que é algum tipo de carboidrato e ficar procurando pela água. Pior é quando você acha a água e percebe que aquele copo tem água com gas e você não quer.
21.Ser atropelado pelo staff
22.Ficar dando lacinho no cadarço para começar a correr.
23.Sair para correr após o pedal e parecer que esta em camera lenta.
24.Correr com caimbra do pescoço ao dedão do pé com cara de “estou bem”.
25.Sair para correr sentindo bem e as pessoas falarem: “este ai não chega no final”.
26.Beber isotônico no copo e acertar o olho (como arde).
27.Engasgar com um pedaço de plástico do saquinho de água.
28.Parar no meio da corrida, olhar para o lado e dar meia volta para ser o “esperto” e chegar na frente (na frente de quem?).
29.Não ir correr uma etapa e ver os seus colegas correndo e observar como para quem esta assistindo parece que todo mundo esta correndo lento. (Agora entendo porque tudo mundo fala: vaai......vaaai....vaaaai..... com aquele ar de “veio aqui para passear”).
30.No dia seguinte todo mundo perguntando se ganhou. Não importa a posição, se não for o primeiro vai receber um parabens meio falço. Se a competição tiver 1.000 atletas e chegou em 100 no geral, pior ainda.
PS. Se armazenarmos todos os gazes dos atletas na véspera e após o Iron, conseguiremos iluminar uma cidade.

História do Triathlon

Etimologicamente “athlon” significa combate, daí o nome triathlon; três combates (natação, ciclismo e pedestrianismo).
Na região da Grécia, em Lemmos,surgiu o principio do Triathlon. Tudo começou quando Jasão, cansado de ver seu amigo Peleu, um excelente atleta, perder todas as provas de modalidades específicas, instituiu uma competição chamado Pentathlon. Essa competição consistia de cinco provas: Arremesso de disco, arremesso do martelo, corrida, salto em distância e luta. Peleu venceu a prova e foi coroado o primeiro atleta completo.
Em San Diego no ano de 1974 num clube de atletismo que, ao dar férias para seus atletas, passava uma planilha de treinamentos que constava principalmente de exercícios de natação e ciclismo para que os atletas descansassem um pouco dos treinos e competições de atletismo. Ao voltarem das férias, os treinadores faziam um teste com seus atletas, para saberem se eles tinham cumprido a planilha de treinamento. Estes atletas teriam que nadar 500 metros na piscina do clube, pedalar 12 km em um condomínio fechado existente ao lado do clube e finalmente corriam 5 km na pista de atletismo. Os atletas gostaram tanto da brincadeira que pediram para os treinadores repetirem a dose nas férias seguintes.
O ironman surgiu no Havaí. O ironman nasceu como uma aposta louca para se conhecer os limites da resistência humana, até então aceitável eram os 42,195 Km da lendária maratona do grego Feidípides. Tudo começou em torno das canecas cheias de cerveja na Brasserie primo Brewery, Honolulu. Capital do Estado do Havaí, que fica na Ilha de Oahu. Era uma dezena de marinheiros com idades variando entre 30 e 40 anos, afogando na cerveja a amargura de uma derrota numa corrida de revezamento super rápida, em que haviam sido batidos por jovens mariners. Inconformados com a derrota, eles se perguntavam como poderiam provar que eles eram mais resistentes e ainda capazes de ganhar dos mais jovens. Qual a prova havaiana que representava o maior desafio? Seriam os 3.800 metros de natação da tradicional Waikiki Rough Water Swim ? Ou 180 Km de ciclismo da famosa Around the Island Bike Race? Ou ainda os intermináveis 42,195 Km da maratona de Honolulu?
Um capitão da marinha, de 42 anos, John Collins, levantou-se e lançou o desafio: A prova mais dura seria aquela que englobasse as três provas mais difíceis da ilha juntas e no mesmo dia. Todo mundo riu, no que ele completou: “Conheço 11 pessoas que conseguiriam ir até o fim“. A idéia fez seu caminho e alguns meses depois daquele fim de tarde de Outubro de 1977, mais precisamente no dia 18 de Fevereiro de 1978, 15 homens, na sua maioria corredores ou nadadores se apresentaram para a largada do primeiro ironman da história. Eles não podiam imaginar que estavam escrevendo uma página importante, a primeira, aliás, da história de um novo esporte que em poucos anos iria se difundir pelo mundo inteiro e conquistar milhões de adeptos.
Um motorista de táxi de Honolulu, John Haller, foi o primeiro “homem de ferro” a completar a prova com o tempo de 11 horas 46 minutos e 58 segundos. Dos 15 que largaram em Waikiki Beach, 12 completaram. A prova que ninguém acreditava possível havia encontrado seu nome e seu primeiro herói. Em 1982 a quinta edição da prova ganhou patrocinador, a cerveja Bud Light. Ela ganhou dimensões e hoje apenas 1.500 atletas podem participar sendo a única prova do mundo a ter uma seletiva. O ironman é um sucesso de público e critica, o maior “Best-Seller” do triathlon, a prova referência como modelo de organização, alegria e distância.
E foi exatamente por causa do ironman, e não poderia ser outra maneira, que surgiram os primeiros triathletas tupiniquins e depois deles as primeiras provas.
A primeira prova de triathlon no Brasil não foi bem um triathlon. Foi algo mais para “La Course Des Débrouillards” dos anos 40 na França, do que para o ironman havaiano. Tudo aconteceu em 7 de Fevereiro de 1982, como uma espécie de gincana, batizada de “Corrida Alegre 82”, mas cujo subtítulo acabou ficando consagrado, principalmente pela imprensa: O primeiro triathlon do Rio de Janeiro.
As distâncias e a ordem da etapas eram para os padrões atuais no mínimo esdrúxulas. Começava-se nadando 950 metros, depois calçava-se os tênis e ia-se correndo 7,5 Km e por último pedalava-se 15 Km.
No dia 14 de Maio de 1983 os brasileiros iriam finalmente conhecer um triathlon de verdade, na ordem certa e com distâncias proporcionais: 1.000 metros de natação, 43 Km de ciclismo e 11 Km de corrida. O local escolhido foi novamente o Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro.
As distância mais usadas nas competições de triathlon são:

Ultraman.
10 km natação
421 km ciclismo
84 km corrida

Ironman - Precursora do esporte a nível mundial.
3.800 m de natação
180 Km de ciclismo
42,195 Km de corrida

Meio Ironman - Usado em seletivas para o ironman.
1.900 m de natação
90 Km de ciclismo
21 Km de corrida

Olímpico - Medida padronizada mundialmente para o ingresso do triathlon nas olimpíadas de 2000.
1.500 m de natação
40 Km de ciclismo
10 Km de corrida

Short - Criada com intuito de facilitar a massificação do triathlon no Brasil.
750 m de natação
20 Km de ciclismo
5 Km de corrida

Iron Kids - Criada especificamente para a criançada.
100 m a 400 m de natação
1,5 Km a 3 Km de ciclismo
400 m a 800 m de corrida
Existem competições de Biathlon (natação e corrida), Duathlon (corrida e ciclismo) e Aquathlon (corrida e natação).

Curriculum Vitae

Analista de Sistemas do Comando Técnico da Aeronáutica
Triathleta desde 1993
Palestrante de clínica
de triathlon
Participação em 18 ironmans com 3 participações no Mundial do Havaí

Principais resultados:
8º lugar Campeonato Panamericano de Triathlon - 1995
Campeão do Short Triathlon do Troféu Brasil - 1996
Campeão Paulista de Short Triathlon - 1996
11º Meio Ironman do Texas - 1997
6º Ironman de Porto Seguro - 1998
Convocado para o Mundial de Triathlon da Austrália - 2000
Campeão Meio Ironman de Fortaleza - 2004
Campeão Ironman de Fortaleza - 2004
Campeão Triathlon Internacional de Santos - 2007
Três classificações para o Mundial de Ironman do Havaí - 2002/2005/2008
5º melhor Ultraman do Mundo - 2008